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domingo, 28 de outubro de 2012

Fotografia: além da arte


       Na manhã deste domingo li no caderno Donna, da Zero Hora, uma reportagem sobre a fotógrafa norte-americana que possui  albinismo e nasceu sem enxergar. Amy Hildebrand surpreendeu a todos ainda quando era criança, época em que as primeiras cores da vida se apresentaram a ela. Hoje está com 27 anos e mesmo com uma significativa deficiência visual realiza trabalhos magníficos com sua câmara. A essência do dia é reproduzida pela lente que a faz ver o mundo colorido e mágico.

       "Me perguntavam como eu enxergava o mundo, e nunca encontrei uma maneira adequada de responder  isso. Até começar a fotografar" (Amy Hildebrand).

       Essa frase é muito mais que uma simples resposta de quem superou as dificuldades e encontrou na arte um estímulo. É o amor traduzido em flashes, mais que isso, é a certeza de que ângulos e cores se transformam em poesia quando capturados pela lente de quem os contempla. É lindo quando o trabalho é transformado em um prazer pessoal e as dificuldades esquecidas num canto qualquer. Encontrar uma direção nem sempre é fácil, são várias opções de caminhos para seguirmos, mas basta sabermos interpretá-los. A felicidade é uma questão de opção, não há limitações que podem desviar seu caminho.

      Amy é casada e possui dois filhos, nenhum com albinismo. Ela possui um blog em que postou mil fotos, todas tiradas durante mil dia ininterruptos. Essa foi uma meta estipulada e que lhe rendeu um trabalho lindo e reconhecido. Para quem busca saber um pouco mais sobre essa artista nata, acessem withlittlesound.blogspot.com. Fotografar vai muito além de apertar um simples botão, exige talento, dedicação e principalmente muito amor pelo o que se busca entender.

 Abaixo alguns trabalhos de Amy.







sábado, 27 de outubro de 2012

Valorizando a cultura



        Estive em Buenos Aires em julho deste ano, e quando não havia o que fazer ia até uma sala de cinema. Não um cinema convencional, mas em um que eram exibidos apenas filmes argentinos. É uma sala que pertence ao Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA). Esse programa foi criado em março de 2004 com o propósito de garantir a exibição de produções cinematográficas argentinas, e desta forma valorizando e incentivando o cinema nacional. Essa ideia foi expandida por todo o país.

         A primeira coisa que chamou muito a minha atenção foi o tamanho da fila do cinema. Havia sessões que a fila se estendia até a calçada da rua. Um dos fatores dessa grande procura, é o baixo custo dos ingressos. Um bilhete custa 6 pesos, em torno de 3 reais. O resultado é de salas lotadas e bons longas sendo exibidos. E para minha surpresa no término de cada exibição havia aplausos, muitos aplausos. Isso se chama valorização da cultura e orgulho pelo o que é feito no país.

        É prazeroso presenciar cenas desse tipo, em que o respeito e orgulho se transformam em satisfação coletiva. Há pouco tempo fiquei sabendo que uma  sala do espaço INCAA foi inaugurada em  Catamarca, província do noroeste argentino. Iniciativas desse tipo que o Brasil precisa. Mas será que um dia a cultura de fato vai ter uma certa importância nesse país, ou continuará o faz de conta?  

Abaixo o trailer de Elefante Blanco, de Pablo Trapero. Martina Gusman e Ricardo Darín estão impecáveis. Super recomendado. 



       

         

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Argentina e o modo de fazer cinema



Saudações!!!


Conforme eu havia antecipado no post anterior, vou falar sobre o modo de fazer cinema na Argentina. Talvez eu seja suspeito em defender e exaltar os filmes argentinos, isso porque eu me considero um apaixonado pelo cinema deles. Mas vamos lá. Uma das principais características dos longas dos nossos hermanos é a valorização do drama na história, até mesmo quando um filme é do gênero comédia, sempre há uma boa dose de sofrimento por parte de algum personagem.

Temos então dois elementos importantes e que são fundamentais para o sucesso dos filmes argentinos. Como eu havia dito, o drama e a comédia. A diferença é que as histórias são bem elaboradas e possuem uma boa contextualização. A maioria delas retrata o cotidiano com bastante simplicidade. A diferença é que são originais, simplesmente nos mostram o estilo de vida argentino. E tudo isso com uma boa dose de charme e elegância, característica do cinema europeu.

É perceptível que o modo de fazer cinema na Argentina tem um forte embasamento e influência dos filmes europeus.  É óbvio, a fotografia de Buenos Aires contribui e muito para isso. Há alguns filmes recentes que traçam um paralelo da vida do cidadão portenho, vou citar alguns nomes.

--- Um Conto Chinês (2011), uma co-produção entre Argentina e Espanha com boas doses de drama e comédia. É um excelente filme e claro, conta com Ricardo Darín, ator super famoso na Argentina.

--- Medianeras (2011), filme que mostra muito da arquitetura da cidade de Buenos Aires, o longa começa criticando o excesso de edifícios e o modo que as pessoas levam a vida na cidade. Críticas a parte, a história é sobre duas pessoas que moram próximas mas nunca se encontram, é romântico e engraçado.  Muito bom filme.

--- Carancho (2010), em português foi traduzido para “Abutres”. Esse filme é um pouco pesado e muito audacioso, mesmo porque é baseado numa história real. Há, também conta com Ricardo Darín no elenco.

--- Eva e Lola (2010), excelente longa, super recomendado. E o último filme argentino que assisti foi Elefante Blanco (2012), com o famoso Darín no elenco. Bom, temos aí cinco longas que se passam em Buenos Aires, retratando o cotidiano. São cinco versões completamente distintas da vida do cidadão portenho, é uma verdadeira exploração pela cidade e suas adversidades.  

Eu poderia citar outros 20 títulos de filmes argentinos para os senhores assistirem, mas eu não iria mais parar de escrever, então fica para o próximo post.

CONTINUA...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

E o cinema brasileiro?


 
       O cinema brasileiro é uma verdadeira porcaria, sem conteúdo, não há criatividade. É possível contar nos dedos a quantidade de filmes nacionais que possuem uma boa história e com fundamentação artística. Nessa lista eu destaco Central do Brasil,(1998) longa dirigido por Walter Salles, diretor brasileiro que também conquistou espaço no cenário norte-americano com os filmes Água Negra e Na Estrada. Outro longa nacional muito bom é Olga (2004), do diretor Jayme Monjardim e Cazuza (2004)de Sandra Werneck e Walter Carvalho. Esses são alguns dos nomes no qual eu me recordo. O fato é que no Brasil o cinema está em decadência. Como alguém com o mínimo de massa encefálica assistiria um projeto de filme com o nome E aí,... Comeu? Nesse país infelizmente o que da bilheteria são filmes sobre policiais invadindo favelas ou sobre sexo. É, esse é o perfil da população brasileira. Enquanto isso nossos vizinhos hermanos produzem longas de qualidade, com conteúdo. Mas sobre o cinema argentino eu escrevo na próxima postagem.   

INTOLERÂNCIA



Carnificina na esquina dos esquecidos
A intolerância na cidade do pecado
O sangue derramado pelos incumbidos
Denigre os retratos dos injustiçados 

Não há regras a seguir naquela realidade
O surrealismo é a morte para os impiedosos
O adultério se torna regra para a santidade
E os mais covardes escravos dos mafiosos 


(Rodrigo De Marco)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Aerosmith voltando às origens


       A banda de hard rock Aerosmith lançará no mês de novembro "Music From Another Dimension", primeiro álbum de inéditas desde "Just Push Play" de 2001. Porém já é possível conferir algumas faixas do novo trabalho do grupo. Na última sexta-feira, 19 de outubro caiu na rede What Could Have Been Love, novo clipe do quinteto norte-americano.  O peso da guitarra de Joe Perry e o vocal potente de Steven Tayler voltaram ao estilo que consagrou o grupo nos anos 1980. Ao ouvir algumas músicas do novo álbum, a impressão que se tem é que a banda está em começo de carreira. A união do grupo é perceptível  e o resultado é um álbum com grandes hits, em que tem como principal trunfo a volta às origens. 

        Os integrantes do Aerosmith estão com todo gaz nessa nova fase da banda. Na semana passada em uma entrevista para uma rádio, Tyler deixou claro sobre o que pensa do KISS. "Eles tem alguns sucessos, mas estão mais para revistinha em quadrinhos", disse. Ele ainda acrescentou que se ofende quando ouve KISS. Declarações a parte, o fato é que o Aerosmith está de volta, e Tyler também, com suas criticas agudas. Afinal de contas, o que seria do rock sem o minimo de polêmica? 

domingo, 21 de outubro de 2012


     A obra-prima de Brian De Palma


      Como podemos definir um bom filme? Pelo enquadramento das imagens, ou por um bom roteiro, o que é mais importante? Acabei de assistir Femme Fatale, (2002) de Brian De Palma, e por incrível que possa parecer eu ainda não tinha visto esse longa, mas sabia que não iria me decepcionar. Logo no início já fiquei estasiado com a cena em que Laura Ash ( Rebecca Romijn-Stamos ) aparece de costas deitada. Lentamente a câmera vai se afastando até fazer o enquadramento perfeito da atriz. Além do filme apresentar uma boa fotografia e contar com o prestigiado Antonio Banderas, no papel de Nicolas Bardo, o longa possui um roteiro muito bem trabalhado. A todo momento somos iludidos pelo diretor, que propositalmente "brinca" com a história. A mudança dos fatos faz com que ficamos mais presos ainda ao filme. Somente no final é que as peças se encaixam e mais uma vez somos surpreendidos pelo desenrolar dos fatos. Bom, para quem ainda não viu essa obra prima de Brian De Palma, fica a dica. Vale a pena conferir uma boa trama com atores de primeira linha.

sábado, 20 de outubro de 2012


         Hoje, 20 de outubro, saudamos os velhos amigos, caminhamos sem rumo, buscando respostas em nossos conflituosos pensamentos. Reservamos um breve instante para nós mesmos, tentamos entender um pouco mais as pessoas, o mundo, sem preconceito ou desconfiança. No dia de hoje nos recordamos dos que já não estão aqui, dos velhos amigos que se foram, e o saudamos com nossas lembranças. Quem sabe hoje não seja um dia para buscarmos o perdão, de pedirmos desculpas para alguém que tenhamos machucado de alguma forma. Talvez seja um ótimo momento de compreendermos os nossos velhos, aqueles que são o motivo da nossa existência.

Parabéns a todos amantes da poesia.
                   Saudações a todos os poetas.

   Clássicos do horror estragados por remakes      

      Nos últimos dez anos clássicos do cinema, ( filmes de horror que marcaram época) começaram a ter suas histórias recontadas. O remake virou moda e mania entre os diretores, no ano de 2002 o clássico, Carrie, A estranha, ganhou uma nova versão por David Carson.  Fãs da versão original dirigida por Brian de Palma em 1976, criticaram o filme. Além de Carrie, outros clássicos do horror já tiveram novas versões nos últimos tempos, são eles: Halloween, Horror em Amytiville, O Exorcista, Madrugada dos Mortos, A Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13. Esses são apenas alguns dos muitos longas que foram feitos. Dos títulos citados, sexta-feira 13 foi a pior ideia de refilmagem. É sem dúvida um dos piores remakes feitos de todos os tempos, (ou o pior). O filme não consegue em nenhum momento prender a atenção do público. Nessa última versão não há o suspense que a versão original trás.

Carrie e a versão de 2013

Carrie, A Estranha, ganhou uma nova versão, prevista para estrear em março de 2013. Para os amantes fervorosos do filme original, dirigido por  Brain de Palma, não há motivos para pânico. Tudo indica que esse novo longa seja melhor que o de 2002, e que a história continua  sendo fiel ao livro de Stephen King. A questão é que o que  me motivou a escrever essas linhas é pelo fato de que infelizmente muitos clássicos do horror estão sendo estragados por remakes muito mal feitos. Esperamos que Carrie (2013) mude esse panorama.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

 
    PRIMEIRO TRAILER DE CARRIE

Está aí o primeiro trailer do remake (mais um) de Carrie a Estranha, a previsão de estreia é para março de 2013. Pelo o que parece a  história continua sendo fiel ao livro de Stephen King.